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Do respeito devido aos mortos: enterrá-los e por eles rezar

30/10/2021 - Atualizado em 30/10/2021 | Por: Pascom

Comemoração de todos os fiéis defuntos (Finados)

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O dia de finados mobiliza muitas pessoas a visitar os cemitérios (‘dormitório’). Enterrar os mortos é uma obra de misericórdia corporal. Expressa a honra que se presta ao ente querido. Assim, visitar ao cemitério, acender uma vela, uma oração e depositar uma flor significam a confiança na vida que não cessa com a morte corporal. Ressurreição é a palavra que move o fiel ao encontro do Senhor e ao respeito pelo outro, seu igual. Rezar pelos mortos é costume imemorial que a Igreja mantém vivo e incute aos seus filhos realizar. A oração por excelência, que é a santa missa, será celebrada num dos dois cemitérios municipais de Presidente Prudente, conforme o seguinte cronograma: » Cemitério São João Batista: 9h, 11h, 15h » Cemitério Campal: Não terá

Informação:
-Cemitério Municipal São João Batista. Rua, José Bongiovani, 975 – Vila Liberdade │ Telefone 3908-3644

-Cemitério Campal. Av., José Campos do Amaral, 809-995 – Res. Anita Tiezzi │ Telefone 3909-2244

No Santuário diocesano de Santa Teresinha (Jd. Maracanã), será celebrada Missa às 8h.

 

»» LEIA artigos do Padre Sandro clicando sobre o título:
1- Enterrar os mortos

2- Lembrança dos mortos
3- Rezar pelos mortos

 

 

  • Origem do Dia de Finados

O Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas que já faleceram. É celebrar essa vida eterna que não vai terminar nunca. Pois, a vida cristã é viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre. Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio.
No século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa. Desde o século 5º, a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava. Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos.
Desde o século 13, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1º de novembro é a festa de “Todos os Santos”. O Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia de Todos os Mortos celebra todos os que morreram e não são lembrados na oração.

  • Por que o dia de finados?

É uma antiquíssima tradição da Igreja Católica rezar por todos os fiéis falecidos, no dia 2 de novembro. A todos os que morreram “no sinal da fé” a Igreja reserva um lugar importante na Liturgia: há uma lembrança diária na Missa, com o Momento (= lembrança) dos mortos, e no Ofício divino. No dia de Finados a Igreja autoriza que cada sacerdote possa celebrar três Missas em sufrágio das almas dos falecidos.
Desde os primeiros séculos a Igreja reza pelos falecidos. No segundo livro de Macabeus, da Bíblia, encontramos esta recomendação: “É coisa santa e salutar lembrar-se de orar pelos defuntos, para que fiquem livres de seus pecados”. (2Mac 12,46)
Com a lembrança dos falecidos a Igreja quer lembrar a grande verdade, baseada na Revelação: a existência da Igreja triunfante no Céu; padecente no Purgatório e a militante na terra. O Purgatório é o estado intermediário, mas temporário “onde o espírito humano se purifica e se torna apto ao céu”.
O nosso Catecismo explica que: “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu. A Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados”. (nn. 1030-1031)
A Igreja ensina que as almas em purificação no Purgatório, não podem mais fazer nada por elas mesmas, porque a morte põe fim ao tempo de conquistar méritos diante de Deus; então, quem as socorre são os santos e o fiéis na terra. Por isso, é grande obra de caridade para com as almas oferecer para sufrágio delas a santa Missa, o Terço, as indulgências, as orações, penitências e esmolas.
Papa Francisco: “A memória dos defuntos, o cuidado pelas sepulturas e os sufrágios são o testemunho de uma confiante esperança, enraizada na certeza de que a morte não é a última palavra sobre o destino do ser humano, porque o homem está destinado a uma vida sem limites, que tem sua raiz e sua realização em Deus” (Oração do Ângelus, 02/11/2014). [Prof. Felipe Aquino]

  • Anotações para o Dia de Finados
  1. Neste dia, não se ornamenta o altar com flores; e o toque do órgão e de outros instrumentos só é permitido para sustentar o canto.

  2. Aos que visitarem o cemitério e rezarem, mesmo só mentalmente, pelos defuntos, concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: diariamente, do dia 1º ao 8 de novembro, nas condições costumeiras, isto é: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice (Papa); nos restantes dias do ano, Indulgência Parcial (E.I. n.13)

  3. Ainda neste dia, em todas as igrejas, oratórios públicos ou semipúblicos, igualmente lucra-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: a obra que se prescreve é a piedosa visitação à igreja, durante a qual se deve rezar a Oração dominical (Pai-Nosso) e o Símbolo (Creio), confissão sacramental, comunhão eucarística e oração na intenção do Sumo Pontífice (que pode ser um Pai-Nosso e Ave-Maria, ou qualquer outra oração conforme inspirar a piedade e devoção). [Diretório da Liturgia – CNBB]


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