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A veneração da Santa Mãe do Senhor

13/05/2017 - Atualizado em 21/05/2017 | Por: Pascom

Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus

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* Padre Sandro Rogério dos Santos

 

No evangelho segundo São Lucas, capítulo 1, encontramos essas palavras tornadas oração da Igreja: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (v.28), “bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre” (v.42), “a mãe de meu Senhor” (v.43); “desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações” (v.48b).

A devoção popular para com a bem-aventurada Virgem, variada em suas expressões e profunda em suas motivações, é um fato eclesial relevante e universal. Ela brota da fé e do amor do povo de Deus para com Cristo, Redentor do gênero humano, e da percepção da missão salvífica que Deus confiou a Maria de Nazaré, através da qual a Virgem não é somente Mãe do Senhor e do Salvador, mas também, no plano da graça, a Mãe de todos os homens (Diretório sobre piedade popular e liturgia).

Em Carta Circular (1987) (CC,87) “Orientações e propostas para a celebração do Ano mariano”, a Congregação para o Culto Divino ressalta que “os fiéis entendem facilmente a ligação vital que une o Filho à Mãe. Sabem que o Filho é Deus e que ela, a Mãe, é também mãe deles. Intuem a santidade imaculada da Virgem e, embora venerando-a como rainha gloriosa no céu, estão, porém, certos de que ela, cheia de misericórdia, intercede em favor deles e, por isso, imploram com confiança a sua proteção. Particularmente os mais pobres a sentem próxima. Sabem que ela foi pobre como eles, que sofreu muito, que foi paciente e mansa. Sentem compaixão pela sua dor na crucificação e morte do Filho, alegram-se com ela pela ressurreição de Jesus. Celebram com alegria as suas festas, participam com prazer das procissões, fazem romarias aos santuários, gostam de cantar em sua honra, oferecem-lhe dons votivos. Não toleram que alguém a ofenda e desconfiam de quem não a respeita”.

A própria Igreja exorta todos os seus filhos a nutrirem a sua piedade pessoal e comunitária também com práticas que ela aprova e recomenda. A liturgia, contudo, deve se apresentar como “forma exemplar”, “fonte de inspiração”, “constante ponto de referência” e “meta última”. O pedido fundamental do Magistério eclesial em relação às práticas de piedade é para que elas possam ser reconduzidas ao “curso do único culto que com razão é chamado de cristão, porque tem a sua origem eficaz em Cristo, em Cristo encontra plena expressão e por meio de Cristo no Espírito conduz ao Pai” (Beato Paulo VI).

Toda piedade mariana deve: expressar a característica trinitária, o componente cristológico, a dimensão pneumatológica, o caráter eclesial; recorrer constantemente à Sagrada Escritura, entendida dentro da sagrada Tradição, não descuidar da dimensão ecumênica nem deixar de lado os aspectos antropológicos das expressões cultuais, salientar a dimensão escatológica e explicitar o compromisso missionário e o dever do testemunho que competem aos discípulos do Senhor (CC,87).

Neste dia das mães, durante o mês mariano, rezemos filialmente: Ó Doce e Sempre Virgem Maria, mãe de Deus e minha mãe, olhai por nós, que recorremos a Vós. Auxiliai-nos na travessia da vida. Amparai-nos quando o cansaço, a tristeza, a solidão, o medo, a violência, a enfermidade, o desemprego, a separação, a morte… nos visitarem. Em seu coração imaculado, guardai-nos, pois junto a Vós estão Anjos, Arcanjos, Querubins, Serafins… José, sobretudo Jesus, vosso salvador e filho, nosso Deus! Como tantos outros antes de nós, hoje, rogamos à Vós – árvore da vida, a mais bela dentre todas as mulheres – para que o vosso amor-doação esteja conosco também. Salve! Salve, ó Doce e Sempre Virgem Maria! Amém.

Seja bom o seu dia e abençoada a sua vida. Pax!!!


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    Santuário Santa Teresinha » Coroação de Nossa Senhora comentou em: 01/06/2017
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